I.
Death is here and death is there,
Death is busy everywhere,
All around, within, beneath,
Above is death—and we are death.
II.
Death has set his mark and seal
On all we are and all we feel,
On all we know and all we fear,
* * * * * * * * * * *
III.
First our pleasures die—and then
Our hopes, and then our fears—and when
These are dead, the debt is due,
Dust claims dust—and we die too.
IV.
All things that we love and cherish,
Like ourselves must fade and perish;
Such is our rude mortal lot--
Love itself would, did they not.
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I.
A Morte está aqui e
a Morte está lá
A Morte se ocupa em
todo lugar,
Em tudo em volta, sul ou norte,
No alto, a Morte - nós somos Morte.
II.
A Morte apôs sua
marca e selo
Naquilo que somos e
no que vemos
No que sabemos, no
que tememos.
* * * * * * * * * * *
III.
Os prazeres,
primeiro, mortos estão,
Logo a esperança e o
medo. E então,
Estes mortos, único
débito teremos:
Pó clama por pó, e
assim morremos.
IV.
Tudo que amamos e
bem queremos
Deve perecer como
nós mesmos
Tal nos foi dado um
mortal condão,
O amor mesmo iria,
caso eles não.
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segunda-feira, 23 de março de 2020
Death | Morte
Percy Byshe Shelley | Robert de Brose
quarta-feira, 18 de março de 2020
The Haunted Place | O Vale Assombrado
Edgar Allan Poe | Robert de Brose
Fonte: Poets of the English Language (Viking Press, 1950) - Poetry Foundation
In
the greenest of our valleys
By good angels tenanted, Once a fair and stately palace — Radiant palace — reared its head. 5 In the monarch Thought’s dominion, It stood there! Never seraph spread a pinion Over fabric half so fair! Banners yellow, glorious, golden, 10 On its roof did float and flow (This — all this — was in the olden Time long ago) And every gentle air that dallied, In that sweet day, 15 Along the ramparts plumed and pallid, A wingèd odor went away. Wanderers in that happy valley, Through two luminous windows, saw Spirits moving musically 20 To a lute’s well-tunèd law, Round about a throne where, sitting, Porphyrogene! In state his glory well befitting, The ruler of the realm was seen. 25 And all with pearl and ruby glowing Was the fair palace door, Through which came flowing, flowing, flowing And sparkling evermore, A troop of Echoes, whose sweet duty 30 Was but to sing, In voices of surpassing beauty, The wit and wisdom of their king. But evil things, in robes of sorrow, Assailed the monarch’s high estate; 35 (Ah, let us mourn! — for never morrow Shall dawn upon him, desolate!) And round about his home the glory That blushed and bloomed Is but a dim-remembered story 40 Of the old time entombed. And travellers, now, within that valley, Through the red-litten windows see Vast forms that move fantastically To a discordant melody; 45 While, like a ghastly rapid river, Through the pale door A hideous throng rush out forever, And laugh — but smile no more. |
No mais verde em nossos campos
por bons anjos habitado, um palácio outrora santo — radiante — fora assentado. 5 No império do Pensamento, lá se erguia! Serafim tão belo assento com as asas não cobriria! Áureas flâmulas, brilhantes, 10 no teto ruflavam em paz (Isso tudo fora dantes, tempos já atrás). E cada brisa que soprava, naqueles doces dias, 15 pela pálida balaustrada, um odor alado espargia. Peregrinos que ali passavam, Por duas janelas luminosas Viam espíritos que dançavam 20 a uma flauta harmoniosa, em torno ao trono que ocupava Porfirogênio! E a glória que lhe acordava como guia daquel reino. 25 Com perlas e os rubis mais lindos engastado era o portão pelo qual vinham fluindo, fluindo em eterna procissão um brilho de Ecos a quem cantar 30 era de lei, com vozes de beleza sem par, a astúcia e a graça de seu rei. Mas coisas ruins e mui sombrias assediaram do rei o alto estado 35 (Pranteemos! — pois nunca o dia raiar-lhe-á, ó desolado!) E em volta a casa, a antiga glória de antão florida, é só uma má lembrada estória 40 pelo tempo esmorecida. Ora no vale os viajantes à luz rubra podem ver formas vastas, bruxeleantes, que se movem sem querer; 45 Enquanto, tal rio lugente, pelo portão corre dali tétrica horde eternamente, que gargalha — e não sorri. |
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Fonte: Poets of the English Language (Viking Press, 1950) - Poetry Foundation
Edições:
vv. 7-8 [Serafim tão belo assento | às suas asas não teria - mar 2020] | v. 12 [éons já faz].
v. 43 [tremulantes - abril 2023]
v. 48 [e já não ri - abril 2023]
terça-feira, 25 de fevereiro de 2020
Erlkönig | O Elfo-Rei
J. W. von Goethe | Robert de Brose
Fonte: Die Deutsche Gedichtebibliothek.
Anotações:
Trívia: São várias as adaptações musicais desse poema de Goethe, sendo a mais famosa delas aquela de F. Schubert (D. 328, 1815). Duas interpretações que recomendo são aquelas de Dietrich Fischer-Diskau e a incrível performance de Anne Sofie von Otter, sob a regência de Claudio Abbado, na Chamber Orchestra of Europe. Outras adaptações para música foram feitas por Carl Löwe (Op. 1, nº3, 1817-18), aqui na interpretação de Thomas Quasthoff. O que poucas pessoas sabem é que Beethoven trabalhou na transposição do poema para a música em 1792, mas nunca a terminou, por motivos desconhecidos. A partitura (WoO 131), no entanto, descoberta por Nottebohn, estava adiantada o suficiente para poder ser completada mais ou menos da forma como o compositor a intentara. Aqui pode-se escutar a reconstrução feita por Reinhold Becker em 1897, e aqui aquela completada por Cees Nieuwenhizen. A canção Dalai Lama do álbum Flugrekorder Nich Öfenen da banda de metal alemã Rammstein é uma releitura do poema de Goethe.
Fonte: Die Deutsche Gedichtebibliothek.
Anotações:
Trívia: São várias as adaptações musicais desse poema de Goethe, sendo a mais famosa delas aquela de F. Schubert (D. 328, 1815). Duas interpretações que recomendo são aquelas de Dietrich Fischer-Diskau e a incrível performance de Anne Sofie von Otter, sob a regência de Claudio Abbado, na Chamber Orchestra of Europe. Outras adaptações para música foram feitas por Carl Löwe (Op. 1, nº3, 1817-18), aqui na interpretação de Thomas Quasthoff. O que poucas pessoas sabem é que Beethoven trabalhou na transposição do poema para a música em 1792, mas nunca a terminou, por motivos desconhecidos. A partitura (WoO 131), no entanto, descoberta por Nottebohn, estava adiantada o suficiente para poder ser completada mais ou menos da forma como o compositor a intentara. Aqui pode-se escutar a reconstrução feita por Reinhold Becker em 1897, e aqui aquela completada por Cees Nieuwenhizen. A canção Dalai Lama do álbum Flugrekorder Nich Öfenen da banda de metal alemã Rammstein é uma releitura do poema de Goethe.
Edições:
v. 32 [Nos seus braços jazia seu filho, já morto - abril de 2023]
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