terça-feira, 24 de março de 2020

Carpe Diem | Vive o Dia (Odes 1.11)

Horácio | Robert de Brose


Tu ne quaesieris, scire nefas, quem mihi, quem tibi
finem di dederint, Leuconoe, nec Babylonios
temptaris numeros. ut melius, quidquid erit, pati.
seu pluris hiemes seu tribuit Iuppiter ultimam,
5 quae nunc oppositis debilitat pumicibus mare
Tyrrhenum: sapias, vina liques, et spatio brevi
spem longam reseces. dum loquimur, fugerit invida
aetas: carpe diem quam minimum credula postero. 
Não perquiras, nefando é o saber, que fim a mim, a ti
darão os deuses, Leuconoé, nem os babilônios
cálculos atentes. Quão melhor, o que vier, é suportar:
invernos ou se muitos Júpiter dar-te-á, ou se o último,
5 o qual, agora, adversos púmices corrói com o mar
Tirseno: tem juízo, filtra o vinho e a um breve tempo
longa a esperança podes. Falamos, e ínvida se esvai
já a vida: vive o dia, e o mínimo te fies no amanhã.
Kanagawa oki nami ura,
(The Great Wave of Kangawa), c. 1826.



Fonte: Q. Horatius Flaccus (Horace), Carmina. Ed. Paul Shorey, Gordon Lang, Paul Shorey and Gordon J. Laing. Disponível na Biblioteca Digital Perseus.

Notas: O metro desse poema, que eu não tentei reproduzir na tradução, é o grande asclepiadeu, cujo esquema é   ̶   ̶   ̶  ⏑⏑  ̶  |  ̶  ⏑⏑  ̶  |  ̶  ⏑⏑  ̶   ⏑ x.

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